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Paraná vai produzir cola para estancar hemorragias em cirurgias

Paraná - O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, vai produzir cola de fibrina, usada para reduzir ou deter hemorragias em cirurgias e em tratamento de pessoas com dificuldade de coagulação. Será o primeiro selante de fibrina obtido por rota biotecnológica, com produção 100% nacional.
O Ministério da Saúde aprovou a Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), apresentado pelo consórcio entre Tecpar, Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), com a participação da empresa brasileira Cristalia.
A prova de conceito já foi concluída pelo IBMP. A produção será compartilhada pela fabricante de produtos químicos e farmacêuticos Cristalia, em Itapira (SP), e pelo consórcio tecnológico, na sede do Tecpar, em Curitiba. Já existem, nesse segmento, vários produtos, mas todos derivados do plasma humano, o que reduz a oferta e eleva os preços, tornando seu uso restrito.

FASES – Com um investimento previsto de R$ 54 milhões, o projeto entra agora na fase de estudos pré-clínicos. Os lotes experimentais serão produzidos pelo IBMP. A partir de 2015, entra na fase de estudos clínicos e registro. A produção nacional e distribuição para o SUS e setor privado devem acontecer em 2018. Serão produzidos a cola de fibrina, na forma de selante e adesivo, e o seu princípio ativo biológico (trombina, fibrinogenio e fator XIII recombinantes).
O mercado mundial de cola de fibrina saltou de US$ 2,78 bilhões, em 2007, para US$ 5,51 bilhões no ano passado. Estima-se que o Brasil é responsável por 1% desse mercado, apresentando potencial de crescimento expressivo. Esse projeto significa a oferta do produto a preços adequados aos programas de saúde pública, além da perspectiva do país assumir posição de liderança tecnológica e de produtor mundial da cola.
O PDP prevê atender integralmente o mercado brasileiro e, por meio de parceiros internacionais e canais adequados, atender boa parte da demanda mundial, dada a facilidade de ampliação da capacidade produtiva sem a dependência de sangue nos processos produtivos tradicionais.

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