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Polícia identifica atiradores e faz em mega-operação no nordeste da França

França - Oito jornalistas, incluindo o editor da revista, e dois policiais estão entre os mortos. A imprensa francesa identificou os suspeitos, ouvindo policiais sob a condição de anonimato.
Uma operação policial está em curso em Reims, no nordeste de Paris.
Manifestações contra o ataque, o mais sangrento ocorrido no país em 50 anos, estão sendo realizadas por toda a França.
Em pronunciamento à nação, o presidente francês, François Hollande, chamou o atentado de "assassinato covarde" e declarou um dia nacional de luto na quinta-feira (8).
Ele afirmou que a tradição do país de liberdade de expressão foi atacada e convocou os franceses a se unirem contra o terrorismo. "Nossa melhor arma é a união", afirmou Hollande.
Policiais elevaram o nível de segurança por todo o país após o ataque, e a capital francesa, Paris, se encontra em alerta máximo.
Segundo a imprensa francesa, um dos três suspeitos seria um militante islâmico condenado em 2008 a três anos de prisão por pertencer a um grupo que enviava combatentes jihadistas ao Iraque.
Na noite desta quarta-feira, policiais do esquadrão de elite foram vistos buscando os três suspeitos em Reims, a 140 km de Paris.
Polêmicas
O semanário satírico causou polêmica no passado por causa de sua abordagem irreverente sobre o noticiário e fatos do cotidiano. Em novembro de 2011, um atentado a bomba foi lançado contra a revista, que havia publicado uma caricatura do Profeta Maomé, sagrado para os muçulmanos. O islamismo proíbe qualquer representação de Maomé.
O ataque ocorreu enquanto a revista realizava uma reunião editorial, levantando suspeitas de que os atiradores sabiam que o evento ocorreria. Entre os mortos, estão o editor da revista, Stéphane Charbonnier, os cartunistas Cabu, Tignous e Wolinski, e o colaborador e economista francês Bernard Maris.
Charbonnier, de 47 anos, já havia recebido ameaças de morte no passado e vivia sob proteção policial.
A ilustradora Corinne Ray disse que os homens mascarados entraram no edifício depois de forçá-la a digitar o código que abria a porta principal.
"Eles afirmaram que pertenciam à al-Qaeda", afirmou ele, acrescentando que os atiradores falavam francês fluentemente.
Testemunhas afirmaram ter ouvido pelo menos 50 disparos tanto dentro da sede do semanário quanto fora.
Um vídeo amador capturou o momento em que um disparo fatal é feito contra um policial ferido e agonizando na calçada.
Ainda de acordo com as testemunhas, atiradores gritaram palavras em árabe, como "vamos vingar o Profeta Maomé" e "Deus é grande" ("Allahu Akbar").
A polícia afirmou que os atiradores fugiram para o norte de Paris, antes de abandonar o carro e roubar um segundo veículo.
O promotor de Paris, François Molins, afirmou que 11 pessoas ficaram feridas no ataque, quatro delas em estado grave.
Ele afirmou a jornalistas que todos os esforços estão sendo feitos para localizar os responsáveis, mas não deu detalhes sobre a investigação.
"As investigações são numerosas e profundas, porque, claro, a polícia foi mobilizada e as buscas apenas começaram".
O atentado contra a Charlie Hebdo foi condenada por líderes em todo o mundo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que ofereceu ajuda à França para localizar os responsáveis pelo ataque.
Representantes do islamismo também repudiaram o ato e o papa Francisco o chamou de "abominável".

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