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PMDB caminha para aliança com Beto Richa

Ivan Santos, Bem Paraná
Paraná - Faltando um mês para a convenção do PMDB, a bancada estadual do partido na Assembleia Legislativa sinalizou ontem o fechamento de aliança em apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB), em troca da indicação do deputado Caíto Quintana como candidato a vice. Com isso, ficariam prejudicadas as pretensões do senador Roberto Requião e do ex-governador Orlando Pessuti, que disputam a indicação de candidato próprio da legenda ao governo.
A convenção está marcada para 20 de junho. Na segunda-feira à noite, a Executiva Estadual do PMDB definiu as regras para a votação, que terá a participação de 598 delegados do partido. A cédula deve trazer, inicialmente, duas opções: coligação ou candidatura própria. Caso a opção seja pela candidatura própria, haverá uma nova votação, para escolher entre Requião e Pessuti.
Com treze deputados, a bancada peemedebista na Assembleia garante controlar a maior parte dos convencionais da sigla. Além disso, conta com o apoio de Pessuti para derrotar Requião. Rompido com o senador desde 2010, quando teve sua candidatura ao governo vetada, estaria disposto a fechar com os parlamentares para evitar a candidatura de Requião, mesmo que isso implique em liberar seus aliados a votar favoravelmente à aliança com o PSDB.
“Pelo que conversamos, o Pessuti já sinalizou claramente que vai apoiar a coligação. Ele tem dito que seu grande adversário é o Requião”, explicou o líder da bancada do partido na Assembleia Legislativa, deputado Nereu Moura, que até semana passada dizia estar dividido sobre o que fazer, e ontem confirmou que tudo caminha mesmo para uma composição com os tucanos, com a indicação Quintana como candidato a vice-governador. “Ele (Pessuti) sabe que se der candidatura própria, o candidato é o Requião”, avaliou.
Chamado pelos repórteres que cobrem a Assembleia, Quintana preferiu não se pronunciar. Na semana passada ele disse que tudo estaria ainda indefinido. “Acho que a coligação hoje tem a preferência por conta da posição dos deputados”, explicou Moura. “A maior parte da bancada quer o Caíto. E ele já aceitou ser o vice”, explicou o peemedebista. “Dei uns passos (em favor da aliança). Minha decisão estava vinculada a do Caíto. Sou da mesma base (região). Ele já conversou com a base dele para ver se concordavam. E o Caíto vai ter que ter um deputado na região dele que dê sequência no partido”, detalhou Moura.

Chapão – Segundo o parlamentar, o acordo inclui, além da indicação do vice, a formação de um “chapão” de candidatos a deputado estadual com partidos da base do governo Richa. O “chapão” é considerado fundamental pelo PMDB, que precisa dele para conseguir reeleger seus 13 deputados – a maior bancada da Assembleia. “O governador assumiu o compromisso de que o PSDB vai estar coligado. Ele (Richa) falou que tem a possibilidade de fazer uma coligação com cinco partidos (para a eleição de deputados estaduais). Mas não pode assumir isso pelos demais partidos”, afirmou Moura.
Outro cotado para vice, o deputado Artagão Júnior reafirmou que ainda não definiu oficialmente sua posição. Mas confirmou que o partido avançou em direção à coligação com o PSDB. “Me parece que a sinalização é nesse sentido. O crescimento dessa tese foi significativo”, disse Artagão.

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