Paraná - Requião nunca avaliou muito bem o prejuízo que teria ao transformar aliados leais em desafetos. Além de tentar destruir a imagem de seus grandes apoiadores, como José Richa, Alvaro Dias, Maurício Fruet, ele sempre maltratou a imagem de seus vices, sucessores naturais sempre que deixava o governo para disputar a eleição para o Senado. Aliás, Requião jamais respeitou acordos ou retribuiu os apoios recebidos. De ninguém. Não é sem razão que alguns de seus mais combativos oficiais estão agoa na trincheira oposta, caso de Doático Santos.
Pois, pois, agora Requião recebe o troco de uma das pessoas que ele mais maltratou. O ex-governador Orlando Pessuti que o serviu durante a vida e que foi transformado por Requião em figura folclórica e motivo de chacota, deu-se o direito de vazar documentos que encontrou no cofre do Palácio das Araucárias e que agora são apresentados ao distinto público como provas de caixa dois e outras irregularidades cometidas, em dólar,por Requião.
Em vez de mandar devolver ao dono, o vice de Requião tornou-se governador e, precavido, guardou a papelada. Reservou-a para usar em oportunidade capital. Roberto Requião chegou a atribuir, precipitadamente, a divulgação a Beto Richa, responsabilizando-o pela divulgação do que seria um caderno de anotações de uma contabilidade particular.
Pois, pois, Orlando Pessuti ri à toa. Quem ouve as conversas entre os membros do PMDB que detestam Requião diz que há mais, muito mais, no cofre de Pessuti. Entre outras, cartas, mensagens e objetos inusitados que dizem respeito à vida íntima de Requião. Claro, tudo coberto com o glacê da maldade e do ódio. Agora, resta a Requião refletir se não teria sido melhor economizar nas piadas e acusações levianas contra Pessuti. Talvez escapasse do opróbrio a que é submetido neste fim de carreira. Patético.
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