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PF descobre fraude imobiliária de R$ 100 milhões na Caixa

do O Globo:

Brasil - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, a Operação Dolos, para desarticular um esquema de fraudes em cem contratos de financiamentos de imóveis na Caixa Econômica Federal. O prejuízo estimado é de R$ 102 milhões e a organização criminosa atuaria em três agências no Rio (Pio X, no Centro; Riachuelo, no Bairro de Fátima, e Lote XV, em Duque de Caxias), além de ligações com São Paulo e Minas Gerais.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa agia em conjunto com empregados da Caixa, que facilitariam o recebimento de valores de contratos de até R$ 1 milhão, aceitando documentos falsos e liberando os recursos sem as devidas garantias. A maioria dos imóveis ficava na Região dos Lagos, no Rio, tendo alguns recebido sobrevalorização de 1.000% do valor real de mercado. Alguns imóveis nem existiriam.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, nessas três agências bancárias a liberação desses financiamentos ocorria em um prazo médio inferior a quatro dias, enquanto a praxe é que o processo leve mais de um mês.
O esquema teve início em 2012 e se estendeu até 2013. As ações fraudulentas foram interrompidas em 2014, quando, de acordo com a Caixa, o esquema foi detctado pela PF e medidas administrativas foram tomadas.
Nas declarações de Imposto de Renda informadas, as rendas declaradas não correspondiam ao mercado de trabalho brasileiro. Por exemplo, um comissário de bordo apresentava salário de R$ 42.900, um motorista com rendas mensais de R$ 37.900 e um tecnólogo com rendimentos de R$ 35 mil por mês.
Os investigados estão sendo indiciados por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais públicos, falsificação de documentos públicos, estelionato, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
– A operação tem elementos suficientes para que sejam indiciados grande parte dos investigados – afirmou o coordenador da Operação Dolos e delegado da PF Rafael Andreata.
Na manhã desta terça-feira, 130 policiais federais cumprem 65 mandados, sendo 34 de condução coercitiva (29 no Rio) e 31 de busca e apreensão, além do afastamento de dez empregados públicos, sequestro de 20 veículos e bloqueio de dezenas de contas correntes.
O homem apontado como principal operador do esquema, um intermediador privado, foi preso nesta terça-feira em Itaboraí, na região metropolitano do Rio. Ele foi detido em flagrante após ser encontrada uma arma de uso restrito em sua casa durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.
Um dos envolvidos na fraude demonstrou-se disposto a colaborar com as investigações sob o esquema de delação premiada.
– Já houve afastamentos e demissões. Contas foram bloqueadas, bens confiscados e a Caixa está à disposição para ajudar a PF a reaver valores e retornar esse dinheiro aos cofres públicos – disse José Domingos Martins, superintendente regional da Caixa.
Dez funcionários da Caixa foram afastados de suas funções, sendo que quatro já foram demitidos.

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