Emergência - Governo Federal reconhece situação de emergência decretada no Paraná
Portaria divulgada nesta quinta (17) cita Foz do Iguaçu e Nova Esperança.
Com a homologação, atingidos por chuvas podem antecipar saque do FGTS.
Técnicos da Defesa Civil Estadual sobrevoaram a região do Porto Meira, em Foz do Iguaçu (PR), neste sábado (12)
O Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, homologou nesta quinta-feira (17) a situação de emergência decretada pelas prefeituras de Foz do Iguaçu, no oeste, e Nova Esperança, no noroeste do Paraná, em função das fortes chuvas registradas no dia 7 de setembro.
Com o reconhecimento, os atingidos pelo mau tempo e que têm direito ao benefício poderão fazer o pedido para a antecipação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O recurso deve ser usado na reforma dos imóveis danificados pela chuva de granizo. Representantes da prefeitura e da Caixa estão organizando um mutirão para atender os beneficiados. Os detalhes serão divulgados na sexta (18).
O reconhecimento também autoriza os governos estaduais e federal a repassar verbas para a reconstrução de rodovias, pontes, espaços e p
Em Foz do Iguaçu, quase 15 mil imóveis foram destruídos e 60 mil pessoas atingidas, quase todas na região do grande Porto Meira. A situação de emergência foi decretada pelo prefeito no dia 8 de setembro e reconhecida oficialmente pelo governo do estado na segunda (14), cerca de uma semana após a visita do governador Beto Richa à cidade no dia 9.
As aulas em algumas escolas e centros de educação infantil do município devem retomar as atividades a partir de sexta. Voluntários e servidores municipais estão trabalhando na entrega de telhas e na reconstrução dos imóveis destruídos. Paralelo a este trabalho, um mutirão de limpeza recolhe os entulhos.
Outras 19,5 mil pessoas foram afetadas pela chuva de granizo que caiu sobre Nova Esperança também no dia 7. O número de prejudicados representa 73% da população do município, que atualmente é de 26,6 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Secretaria de Administração, o prejuízo financeiro ultrapassa os R$ 4,5 milhões.
"Todos os prédios públicos municipais e pouco mais de dois terços dos imóveis da cidade foram danificados pelas pedras de granizo. O município deve enfrentar uma crise econômica interna nos próximos seis meses porque algumas empresas, que perderam maquinários em função da chuva, correm o risco de fechar", explica o secretário Alexandre Manzotti.
Além de problemas enfrentados por indústrias e empresas de serviços, Manzotti ainda detalha prejuízos no setor agrícola. Conforme o secretário, a produção de bichos da seda, plantações de hortifrutigranjeiros de pequenos produtores rurais e a produção de laranja foram diretamente afetados.
"A merenda escolar é abastecida com produtos vendidos por pequenos produtores, mas com a chuva de granizo plantações de verduras e frutas, como o alface e morango, foram diretamente afetadas. Temos produtores que perderam tudo porque ia colher a produção um dia depois do temporal", detalha o secretário de Administração.
Até esta quinta-feira (17), o município distribuiu 7,5 mil kits de alimentos, higiene e limpeza, e mais 5.016 conjuntos de dormitório e colchões. Além disso, serão necessárias 82 mil telhas para substituir as que foram danificadas. Assim como para Foz do Iguaçu, o Governo do Estado abriu uma linha de financiamento para ajudar os pequenos empresários da cidade a se restabelecerem.
Conforme a Defesa Civil Estadual, o número de atingidos pelas chuvas no início do mês chegou a 101.756 em 44 municípios. No total, 24,8 mil casas foram danificadas.
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