Política - O senador paranaense Alvaro Dias vai perder a liderança do PSDB no Senado, a partir de 2013, para o correligionário paraibano Cássio Cunha Lima. A decisão, que conta com a anuência do presidenciável mineiro Aécio Neves.
O futuro político de Alvaro tende a se complicar, pois ele perderá a liderança do partido e, consequentemente, os holofotes. No Paraná, o senador tem sérios problemas no ninho com o governador Beto Richa.
Alvaro disse em várias oportunidades que Richa transformou o governo num “balcão de negócios”. O tucanato no estado reagiu ao afirmar que lançará ao Senado o presidente do partido e da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni.
Se depender de Richa, a única vaga ao Senado em disputa não ficará com Rossoni nem com Alvaro. Será negociada com outro partido visando ampliar suas chances de reeleição ao Palácio Iguaçu.
Com janelas e portas fechadas para Alvaro Dias no PSDB, a pergunta que se faz na frente política é única: que caminho seguirá o quase ex-líder dos tucanos no Senado?
Crítico contumaz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff, o senador terá dificuldade em encontrar espaço numa sigla que dê sustentação à sua candidatura à reeleição. Sua metralhadora giratória em Brasília não poupou o governo e acabou atingindo em cheio todos os partidos que compõem a base de apoio do Planalto. A imprensa e os blogs políticos anunciaram nesta semana que o PDT poderia abrigá-lo sob seu guarda-chuva em face do relacionamento com o ex-tucano e agora neopedetista Gustavo Fruet, recém-eleito prefeito da Curitiba, além do presidente licenciado do partido no Paraná ser justamente seu irmão, o ex-senador e atual vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias.
Para o presidente em exercício do PDT paranaense, o médico e ex-deputado Haroldo Ferreira, a migração de Alvaro Dias para a legenda é “incompatível”. “Temos uma aliança formada pela base aliada do governo federal desde 2010, na eleição da presidenta Dilma, quando Osmar Dias foi candidato a governador e a ministra Gleisi Hoffmann ao Senado, que se consolidou agora com a eleição de Gustavo Fruet”. As especulações são que Alvaro Dias pode embarcar na canoa do PMDB de Requião ou, quem sabe, aderir ao PSD do prefeito Gilberto Kassab.
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