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O uso excessivo de smartphones está moldando o seu cérebro constantemente, aponta estudo



Quando as pessoas gastam tempo interagindo com seus smartphones via tela sensível ao toque, este ato realmente muda a forma como os seus polegares e seu cérebro funcionam em conjunto, de acordo com um relatório da revista Current Biology. Onde o excesso de uso se traduz diretamente em maior atividade cerebral quando os polegares e outros dedos são tocados, mostra o estudo.
Tudo começou quando Ghosh e seus colegas perceberam que a nossa obsessão recém-descoberta por smartphones poderia ser uma grande oportunidade de explorar a plasticidade cotidiana do cérebro humano. Não se trata apenas do fato de as pessoas de repente estarem usando a ponta dos dedos, e, especialmente, seus polegares, de uma maneira nova, mas muitos de nós estamos também fazendo muita coisa, dia após dia. Não só isso, mas os nossos telefones também mantêm o controle de nossas histórias digitais para fornecer uma fonte consistente de dados sobre esses comportamentos.
Ghosh explica desta forma: “Eu acho que primeiro temos de apreciar o quão comum os dispositivos pessoais são e como as pessoas os usam tão consistentemente. De acordo com os neurocientistas isso revela o quanto nós carregamos em nossos bolsos uma enorme quantidade de informações sobre a forma com usamos nossas mãos (e mais)”.
Os neurocientistas ainda têm muito que estudar a plasticidade do cérebro em grupos como cantores ou jogadores de vídeo games, por exemplo. Porém, os smartphones apresentam uma oportunidade para entender como regular a vida que molda o cérebro de pessoas normais.
Para registrar todas essas mudanças, Ghosh e sua equipe usaram eletroencefalografia (EEG) para registrar a resposta do cérebro ao toque mecânico no polegar, indicador e médio alcance de usuários de telefones touchscreen, em comparação com pessoas que ainda usam telefones celulares comuns.
Os pesquisadores descobriram que a atividade elétrica nos cérebros dos usuários de smartphones foi reforçada quando os três dedos foram tocados. Na verdade, a quantidade de atividade no córtex do cérebro associada com as pontas dos dedos polegar e indicador foi diretamente proporcional à intensidade do uso do telefone, como quantificados por logs de bateria Built-in. A ponta do polegar foi ainda sensível às flutuações do dia-a-dia: quanto menor o tempo decorrido a partir de um episódio de uso intenso do telefone, maior era o potencial cortical associada a ele; relatam os pesquisadores.
Os resultados sugerem que movimentos repetitivos sobre a superfície de uma tela sensível ao toqueremodela o processamento sensorial das nossas mãos, com atualizações diárias em representação do cérebro das pontas dos dedos. E isso leva a uma ideia bastante notável: “Propomos que o processamento sensorial cortical no cérebro contemporâneo está perfilado pela tecnologia digital pessoal”, comenta Ghosh e seus colegas.
O que exatamente essa influência da tecnologia digital significa para nós em outras áreas de nossas vidas é uma pergunta para outro dia. A notícia, no entanto, pode não ser boa. De acordo com Ghosh e seus colegas, ao observar as evidências, foi possível constatar que a mesma área afetada do cérebro no processo está ligada com disfunções motoras e até mesmo a dor.

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