Política - O ex-deputado federal do PT, André Vargas, foi preso hoje pela manhá em um condomínio residencial em Londrina, onde mora com a família. Sua prisão aproxima as investigações sobre desvios de dinheiro da Petrobras ao PT do Paraná. Vargas era figura central na vida política do PT, nas campanhas majoritárias da senadora Gleisi Hoffamann, e na artuculação com o PMDB de Requião, de quem é amigo.
Também foram presos o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), o irmão de André Vargas, Leoon Vargas, Pedro Correia, que já cumpre prisão pelo mensalão do PT, Ivan Mernon da Silva Torres, Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo e Ricardo Hoffmann, que é diretor de uma agência de publicidade. Todos os presos serão trazidos para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A Polícia Federal (PF) cumpre a 11ª fase da operação da Lava Jato na manhã desta sexta-feira (10) em seis estados brasileiros e no Distrito Federal. De acordo com os policiais, serão cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento.
Os seis estados envolvidos nesta fase são Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A ação foi batizada de ‘Origem’.
A PF confirmou que um dos presos é o ex-deputado André Vargas.
Também foram presos o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), o irmão de André Vargas, Leoon Vargas, Pedro Correia, que já cumpre prisão pelo mensalão do PT, Ivan Mernon da Silva Torres, Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo e Ricardo Hoffmann, que é diretor de uma agência de publicidade. Todos os presos serão trazidos para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada no dia 16 de março deste ano e cumpriu 18 mandados judiciais. No dia 27 de março, duas pessoas foram presas em São e no Rio de Janeiro. No entanto, a ação não configurou como uma nova etapa da operação.
A atual fase da investigação foi feita a partir da remessa das apurações do Supremo Tribunal Federal sobre fatos criminosos atribuídos a 3 grupos de ex-agentes político.
Os crimes investigados nesta fase, conforme a PF, são: organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.
A investigação desta fase também abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo a PF.
O processo da Lava Jato relacionado ao ex-deputado André Vargas estava em Brasília, no Supremo Tribunal Federal (STF), porém, retornou para a primeira instância, em Curitiba, depois que Vargas teve o mandato cassado, em dezembro de 2014, por quebra de decoro parlamentar. Desta forma, ele perdeu também o chamado foro privilegiado.
Vargas é investigado por ter usado um avião alugado pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo a Polícia Federal, o doleiro chefiou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões. Vargas também é suspeito de ter cometido tráfico de influência ao intermediar um contrato entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde.
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