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Em quatro anos, povos indígenas ganharam mais escolas e professores

Educação - Nos últimos quatro anos, o Governo do Paraná intensificou as ações para garantir aos povos indígenas do Estado o acesso à educação de qualidade. Além de novas escolas, o quadro de professores indígenas também foi ampliado. Os novos estabelecimentos contam, ainda, com material didático bilíngue elaborado para atender às especificidades de cada comunidade. 
Em 2011, o número de professores indígenas na rede estadual de ensino era de apenas 31 docentes. Hoje são 208 profissionais capacitados para lecionar na educação infantil nas 38 escolas indígenas do Paraná, que reúnem cerca de 4.500 alunos. “O futuro que nós queremos para as nossas crianças e jovens passa pela educação de qualidade. Esses avanços mostram o respeito que o Paraná tem pelas comunidades indígenas, que merecem ter uma vida muito mais digna. No Paraná, a educação é para todos, e feita com respeito à identidade cultural de cada comunidade que aqui vive”, afirmou o governador Beto Richa
Também foram realizados encontros com as lideranças indígenas para discutir propostas pedagógicas que contemplem a história e a cultura dos povos Guarani, Caingangue, Xetá e Xokleng. A Secretaria estadual da Educação produziu materiais didáticos nas línguas guarani, caingangue e português para ajudar na alfabetização dos alunos. “Esses avanços que a educação indígena teve nos últimos anos são fundamentais, pois a escola é o centro da comunidade”, disse a diretora Eliane de Fátima Sykora, da Escola Estadual Indígena Kokoj Ty Han Já, em Mangueirinha, no Sudoeste. 
A escola Kokoj Ty Han Já faz parte do pacote de 13 novas escolas concluídas nos últimos quatro anos. O prédio abriga mais de 250 alunos da Educação Infantil, ensino Fundamental e Médio. “Antes só tínhamos matrículas para o ensino fundamental, devido à falta de espaço. Hoje, além de todas as modalidades da educação básica, também ofertamos atividades no contraturno”, lembrou Eliane Sykora. 

TÉCNICOS - No ano passado, a Secretaria da Educação diplomou a primeira turma indígena de técnicos em Agropecuária. A oferta, inédita no sul do Brasil, possibilitou a formação técnica gratuita para 17 estudantes de 16 municípios de diferentes regiões. A formação teve duração de quatro anos, por meio da pedagogia da alternância, na qual o aluno permanece um período na escola e outro em sua comunidade, aplicando na prática os conteúdos aprendidos em sala de aula. Além das disciplinas técnicas, aliadas às da grade nacional comum, os estudantes também tiveram aulas com disciplinas específicas de organização social indígena, política indígena e indigenista, além de língua caingangue e guarani. 

MERENDA – Uma vez por semana as escolas indígenas recebem tubérculos (batatas), verduras, frutas e geleia da agricultura familiar. Os alimentos são entregues conforme os hábitos alimentares de cada comunidade. 
Com os produtos, as escolas acrescentam receitas indígenas ao cardápio da merenda, o que torna a alimentação dos alunos mais próxima aos costumes alimentares das comunidades guarani, xetá e caingangue. “A escola negocia os alimentos que são consumidos pela comunidade diretamente com a cooperativa. Com isso, além de oferecermos uma alimentação saudável, estamos resgatando os hábitos alimentares dessas comunidades”, explicou a diretora de Infraestrutura e Logística, Márcia Stolarski. 

RESPEITO - Em 2013, a Secretaria da Educação promoveu também o primeiro Encontro de Gestão Escolar com Caciques das Terras Indígenas do Paraná. Durante os dois dias de evento os líderes debateram temas específicos da educação e cultura indígena no Estado. 
Na ocasião também foram escolhidos os dois novos representantes do Conselho Estadual dos Povos Indígenas e Povos Tradicionais. A escolha atende a uma determinação da lei estadual que constitui o trabalho conjunto intersecretarial e outros órgãos do estado, garantindo a essas comunidades o acesso a políticas públicas.

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