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Greve atrapalha alunos e Estado confirma desconto nos salários

Paraná - O governo do Estado vai descontar os dias parados do salário dos professores que aderiram ao movimento nesta segunda-feira (27). Os Núcleos Regionais de Educação estão orientados a repassar à Secretaria de Estado da Educação a relação completa dos profissionais que aderiram à greve. A adesão média ao movimento é de 60%. 
Segundo o secretário estadual da Educação, Fernando Xavier Ferreira, a paralisação gera diversos transtornos aos estudantes: além de prejuízo no conteúdo pedagógico para cerca de um milhão de alunos, a logística do transporte escolar é comprometida. Isso porque os alunos da rede estadual e municipal muitas vezes são transportados nos mesmos ônibus, haja vista que normalmente o calendário de aulas coincide. Também fica prejudicada a entrega da merenda, com as escolas fechadas. 
“Cada dia que se perde agora será um grande desafio lá na frente em relação à qualidade do ensino. Particularmente preocupante é a situação dos alunos que farão vestibular”, disse o secretário estadual da Educação, Fernando Xavier Ferreira. O secretário explicou que, por enquanto, não há como fazer um levantamento preciso das conseqüências da greve ou como ficará o calendário escolar, pois isso depende do tempo de duração do movimento.
O secretário destacou, ainda, que todos os itens acordados em março com a categoria estão sendo cumpridos. 

MERENDA – Um reflexo imediato é a entrega da merenda. A diretora de Infraestrutura e Logística da Secretaria, Márcia Stolarski, explica que a greve compromete todo o planejamento da área. “A agricultura familiar é uma prioridade nas escolas do Paraná, pois melhora a qualidade da alimentação dos alunos, além de estimular a economia dos municípios e melhorar a qualidade de vida dos agricultores”, explicou. Neste ano, a Secretaria de Estado da Educação vai investir R$ 45 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar para a merenda. Já foram assinados 128 contratos com cooperativas de produtores. 
Cid César, gerente da Associação Agropecuária Agrojac, que atua no norte do Estado e reúne cerca de 70 produtores rurais, reclama dos transtornos por não ter conseguido entregar normalmente a merenda produzida por agricultores familiares. “O produtor trabalhou, trouxe os produtos, e agora?”, questionou. “Estamos arcando com o prejuízo. Colheram no domingo para entregar hoje cedo nos colégios. É tudo perecível. Se a alface não vender hoje, amanhã não presta mais”, acrescentou o gerente. 
Na Associação para o Desenvolvimento de Agroecologia do Paraná (Aopa), de Colombo, região metropolitana, a paralisação dos professores já gera preocupação. O diretor da Aopa e coordenador da merenda escolar da associação, José Antônio da Silva Marfil, afirmou que a paralisação dos professores inviabiliza todas as entregas dos produtos da agricultura familiar nas escolas. “Vamos ter prejuízo, sim. Como não conseguimos entregar não recebemos e os pequenos agricultores também não recebem. O problema da greve acaba afetando todos os produtores, porque todos os custos e as despesas continuam as mesmas”, afirmou Marfil. 

PREVIDÊNCIA – Apontado como o principal motivo da retomada da paralisação, o projeto de lei 252/2015, que trata da revisão do plano de custeio do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Paraná, foi amplamente debatido durante cinquenta dias, lembrou o secretário da Educação. Segundo ele, ficou claro que o projeto não altera em nada o pagamento de proventos a aposentados e pensionistas do Estado. “Não há mais nada que possa ser dito contra a intenção do governo estadual de proteger o sistema previdenciário e equilibrar o caixa do Tesouro Estadual”, afirmou.

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