Paraná - A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná informou ter aberto “negociações em diversas frentes” para ajudar agricultores que sofreram perdas por conta das geadas no Estado. O auxílio à cafeicultura em pequenas propriedades é a prioridade. As medidas vão desde acelerar a expansão do seguro até a negociação de crédito rural.Na última semana de julho, fortes geadas atingiram o Estado e provocaram a perda de dois milhões de toneladas de grãos, entre trigo, milho de segunda safra e café.
O secretário Norberto Ortigara anunciou que vai negociar apoio para distribuição de calcário ou outro corretivo agrícola, aquisição de mudas e de adubo orgânico. A meta é distribuir 20 mil toneladas de calcário e mais 10 mil toneladas por ano durante seis anos nos municípios mais atingidos. A proposta faz parte do “Plano de Recuperação da Cafeicultura do Paraná”, elaborada pela Câmara Setorial do Café do Estado, que está sob análise na Secretaria da Agricultura.
A proposta está ancorada na mecanização e no adensamento do café, técnica que ajuda o produtor a enfrentar a falta de mão de obra que pressiona os custos de produção. A iniciativa inclui ainda a negociação de crédito.
Paulo Franzini, coordenador da área de café do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à secretaria, chama a atenção para a importância da linha de crédito para amparar o cafeicultor atingido pela geada, porque ele poderá ficar ao menos dois anos sem a renda do café. “Este ano, a renda cai em função do preço baixo e da queda de qualidade da produção por causa das geadas, e no ano que vem porque não terá produção”, explicou, em nota.
Os técnicos do Deral já iniciaram negociações com o Banco do Brasil para a abertura de linhas de crédito para o milho de segunda safra e o trigo, embora o processo seja considerado mais lento.
A secretaria está acelerando também o processo de expansão do seguro rural para 29 culturas no Estado. A Agência de Fomento do governo do Estado já tem R$ 6,4 milhões para atender as operações de seguro. A operacionalização depende do credenciamento das empresas seguradoras, cujo processo está em andamento, segundo o governo paranaense.
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