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Governo do Estado reafirma apoio a hospitais filantrópicos

Secretário de estado da Saúde,Michele Caputo Neto,participa do 10º Seminário da Femipa.
Curitiba,27/10/2017
Foto:Venilton Küchler

Governo do Estado vai manter o compromisso com os hospitais públicos e filantrópicos do Estado através de políticas públicas como o Hospsus. O compromisso foi reafirmado nesta quinta-feira (26) pelo secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, no 10° Seminário da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), em Curitiba.
“O Governo do Estado reforça seu compromisso em manter o apoio aos hospitais filantrópicos que têm ampliado serviços à população pelo sistema público. Com o Hospsus foi possível elevar a participação dos hospitais públicos e filantrópicos nas redes de atenção à saúde”, disse Caputo Neto.
Lançado em 2011, o Hospsus beneficia hospitais de alta complexidade que são referências regionais para as redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência, hospitais e maternidades de média e baixa complexidade para qualificação do parto e hospitais municipais e instituições filantrópicas de pequeno porte.
Atualmente, o programa atende 263 hospitais públicos e filantrópicos. Nos últimos seis anos estas instituições receberam do Governo do Estado cerca de R$ 710 milhões para custeio dos serviços e cerca de R$ 120 milhões para serem aplicados em obras e compra de equipamentos, o que proporcionou a criação de 792 novos leitos de UTI no Paraná, entre outros importantes resultados.
“As instituições filantrópicas são os grandes parceiros do Sistema Único de Saúde Complementar. Constantemente temos buscado melhorias na gestão, em como usar os recursos públicos da melhor forma possível para fazer com que sejam revertidos à sociedade através de compra de equipamentos, melhoria da estrutura, custeio de procedimentos e afins”, salientou o presidente da Femipa, Flaviano Venturini.

SEMINÁRIO – Com o tema ‘Política e Gestão: seus reflexos na saúde’, o evento contou com a presença de gestores e demais profissionais da área que puderam assistir palestras sobre temas relevantes do setor, tais como a união de esforços entre instituições públicas e privadas para aprimorar serviços e as perspectivas para 2018.
Para Marcelo Hagebock, presidente do Conselho Estadual de Saúde, a importância do evento está na discussão sobre o bom gerenciamento dos recursos públicos.
“Os profissionais precisam entender que as entidades filantrópicas existem como uma maneira de auxiliar naquelas tarefas que nem sempre a administração direta consegue realizar”. De acordo com ele, o encontro gera uma troca de ideias que faz com que gestores e profissionais tenham maior clareza de que as ações com dinheiro público devem ser efetivadas de maneira apropriada para atender a demanda e as necessidades da população.

EXPERIÊNCIA – Um dos hospitais filantrópicos que participou do evento e tem boas experiências com a administração de recursos públicos é a Santa Casa de Paranavaí, que recebe cerca de R$ 3,6 milhões ao ano para ser referência na região das redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência. Além disso, o Governo do Estado repassou em torno de R$ 20 milhões para obras de ampliação e compra de equipamentos em pronto-socorro, unidade de oftalmologia e na unidade Morumbi.
“A realidade dos hospitais filantrópicos, não só no Estado mas no Brasil como um todo, é difícil. Grande parte não consegue fechar as contas e chega no final do ano com dificuldades. Em Paranavaí, com o apoio do Governo do Estado, felizmente chegamos a um equilíbrio”, destacou o diretor da Santa Casa de Paranavaí, Heracles Alencar Arrais.
Arrais afirma ainda que no Paraná a situação se difere de muitos outros estados, pois as políticas públicas tendem a ajudar de verdade as instituições, fazendo com que possam investir nas áreas que, além de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos, geram maior rentabilidade.
“O Hospsus é a sobrevivência da filantropia do Paraná. Ele veio trazer oxigênio para que hospitais como a Santa Casa que dependem de recursos públicos, possam sobreviver. Sem ele, vários hospitais já teriam fechado”, enfatizou Arrais.

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