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Hospital de Clínicas volta a fazer transplantes hepáticos infantis

A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta quarta-feira (11) a reativação do serviço de transplante hepático infantil pelo Hospital de Clínicas de Curitiba (HC). A solenidade ocorreu no Complexo Hospital de Clínicas da UFPR e contou com a presença de autoridades de ambas as instituições.Curitiba, 11/10/2017.Foto: Divulgação SESA

A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta quarta-feira (11) a reativação do serviço de transplante hepático infantil pelo Hospital de Clínicas de Curitiba (HC). A solenidade ocorreu no Complexo Hospital de Clínicas da UFPR e contou com a presença de autoridades de ambas as instituições.
“Reativar este procedimento no HC é muito importante para a saúde pública no Paraná. Com esta iniciativa vamos poder atender cerca de 30 pacientes por ano, oferecendo mais qualidade à saúde das crianças paranaenses”, destacou o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Sezifredo Paz.
Referência em transplantes de medula óssea, o HC foi o primeiro hospital da América Latina a fazer cirurgia entre doadores sem vínculo parental. Entretanto, o serviço de transplantes hepático pediátrico foi interrompido no início desta década devido a uma desestruturação da equipe.
Entre 2011 e 2016 os transplantes de fígado em crianças no Paraná foram realizados no Hospital Infantil Pequeno Príncipe. No período, até junho de 2016, 37 procedimentos foram realizados na instituição. Após a interrupção do serviço pelo Pequeno Príncipe, o Governo do Paraná firmou uma parceria com o Hospital Menino Jesus, de São Paulo, para atender as crianças paranaenses que necessitavam deste procedimento.
A superintendente do HC, Claudete Regiane, destaca que a retomada destes transplantes pelo hospital é de extrema importância para a sociedade.
“O Hospital de Clínicas tem uma dupla função: atender a comunidade e formar profissionais que possam suprir a demanda de cuidados com a saúde das pessoas. Ao voltarmos a realizar este procedimento, além de oferecer o serviço a quem precisa, preparamos os médicos para cuidarem de mais uma especialidade”, afirmou Claudete.
Segundo dados de 2016 do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a cada 100 mil nascimentos no Estado, 13 crianças tinham atresia de vias biliares. Esta é uma das principais causas que levam ao transplante hepático. No estado, estima-se que pelo menos 14 transplantes hepáticos infantis sejam necessários todos os anos devido a problemas congênitos e hereditários.
“O número de transplantes hepáticos no Paraná ainda é alto. Não ter um centro para o procedimento no estado dificulta muito a situação de quem necessita de um transplante para continuar vivo. A partir de agora, todo o Paraná terá onde fazer o transplante sem que os pacientes precisem se deslocar a outro estado”, enfatizou o chefe do Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo e de Transplante Hepático do HC, Júlio Coelho.

ALERTA – Entre as ações do Governo do Estado, está uma parceria com a Sociedade Paranaense de Pediatria para a distribuição de materiais educativos e a divulgação dos protocolos de encaminhamento a transplantes nas Regionais de Saúde e centros de atendimento em todo o Estado.
Além disso, outra importante ação promovida pela Saúde é o Alerta Amarelo, uma iniciativa da Rede Mãe Paranaense e Sistema Estadual de Transplantes para incluir uma classificação de cores nas carteiras de acompanhamento das crianças que indica para a mãe, pediatra ou médico de família, alterações na cor das fezes que podem subsidiar o diagnóstico precoce da atresia de vias biliares.
Para a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, Arlene Badoch, esta simples atitude pode ajudar muito na melhora das condições de quem sofre de problemas hepáticos como a atresia.
“O diagnóstico precoce faz com que a criança seja encaminhada o mais rápido possível para o serviço de saúde para ser avaliada e, desta forma, possa ter acesso ao tratamento necessário, como o transplante, caso seja o caso”, esclareceu. Segundo Arlene, com o diagnóstico precoce e a oferta de serviço especializado no Paraná, será possível evitar filas de espera por transplantes hepáticos pediátricos no Estado.

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