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O tiro que parou o mundo, completa 50 anos



O mundo lembrou nesta sexta-feira (22) os 50 anos do assassinato de um dos maiores personagens do século vinte - e um dos presidentes mais populares dos estados unidos. John Fitzgerald Kennedy.
Os correspondentes Helter Duarte e Orlando Moreira acompanharam as cerimônias em homenagem a JFK, na cidade de Dallas, no Texas.
Outono em Dallas. O dia nesta sexta-feira (22) começou exatamente como 50 anos atrás: chuvoso, frio.
Mas, naquela sexta-feira, o sol apareceu assim que o Air Force One tocou o solo. A capota da limusine foi retirada, para que o presidente John Kennedy e a mulher Jacqueline pudessem desfilar em carro aberto.
Era um período tenso. O mundo estava dividido entre os Estados Unidos - capitalista - e a extinta União Soviética - comunista.
Kennedy havia tentado derrubar o líder da ilha comunista de Cuba - Fidel Castro - na desastrada invasão da Baía dos Porcos.
Os soviéticos então instalaram mísseis na ilha. O mundo chegou bem perto de uma guerra nuclear.
O papel de Kennedy e do irmão Robert - procurador-geral da Justiça na época - foi fundamental para que os soviéticos recuassem e retirassem os mísseis do local.
Kennedy reforçou a presença americana na Guerra do Vietnã, que só acabaria em 1975 com a derrota dos Estados Unidos.
Ele também acelerou no país a corrida pela conquista do espaço. E precisou vencer a resistência dos americanos conservadores para apoiar a luta pelos direitos civis.
A popularidade de Kennedy era enorme. Pela primeira vez, um presidente americano tinha a intimidade exposta pela TV e pelas revistas.
Uma família construída à perfeição, apesar dos casos extraconjugais, mantidos longe dos olhos do público. Ele queria a reeleição - e foi ao Texas buscar apoio.
Quando Jackie Kennedy e o marido desembarcaram aqui no aeroporto Love Field, ninguém sabia que a primeira-dama não queria vir a Dallas. Ela nunca acompanhava o presidente em viagens domésticas. Ainda se recuperava da perda do terceiro filho, Patrick, que nasceu prematuro e morreu dois dias depois. Mas Kennedy insistiu. E a primeira-dama presenciou - uma hora depois de chegada - um dos momentos mais dramáticos da história americana.
O atirador estava de prontidão na janela do sexto andar de um depósito de livros. Alguns metros adiante, um alfaiate russo também esperava o presidente com uma câmera na mão.
Ao meio-dia e meia, a limusine presidencial entrou na Elm Street.
As cenas foram registradas pelo alfaiate, Abraham Zapruder. John Kennedy foi atingido por dois tiros.




Ronald Jones é um dos médicos que tentaram salvar a vida do presidente na emergência hospital. “Ele não se movia, não respirava, os olhos estavam abertos. Mas a senhora Kennedy pediu que não declarássemos a morte dele até a chegada de um padre", lembra.
Lee Harvey Oswald - um ex-fuzileiro naval de 24 anos - foi apontado como o assassino. Mas 48 horas depois, quando estava sendo transferido, ele foi morto com um tiro, dentro da delegacia. O atirador, o sócio de uma boate, disse que queria ser um herói.
O repórter Bob Huffaker transmitia tudo ao vivo pela TV. A morte repentina de Oswald alimentou teorias conspiratórias, mas nada - nunca - foi provado. “Um homem bonito, jovem, vem à nossa cidade com sua linda mulher e encontra a morte aqui. Foi difícil fazer essa reportagem, tive que guardar as lágrimas para outra ocasião", conta.
Nesta sexta-feira, a cidade de Dallas parou para celebrar a memória de Kennedy. Exatamente na Praça Dealey, onde tudo aconteceu.
Uma multidão enfrentou a chuva e fez um minuto de silêncio. Homenagens ao político que conquistou o eleitor com seu charme, no primeiro debate político da TV. À mulher, considerada ideal até os dias de hoje. E ao sofrimento dos filhos, saudando o pai, morto aos 46 anos.

Jornal Nacional


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