O cenário era parecido com o de um estádio de futebol, os ânimos estavam à flor da pele e as pessoas bradavam palavras de ordens. Jair Messias Bolsonaro era o motivo do alvoroço. Ele participava de uma palestra realizada na manhã desta sexta-feira (15) no auditório da Fumec, no bairro Cruzeiro, região Centro-Sul da capital.
A ida do deputado federal à instituição fazia parte da agenda dele em terras mineiras e tinha como objetivo debater com os universitários o cenário político do país. Bolsonaro aproveitou a oportunidade para apresentar suas opiniões sobre determinados assuntos polêmicos. Sincero como sempre, o político não mediu palavras e dividiu o público: delírio e ódio.
Quando discursou, Bolsonaro destacou que o Brasil tem tudo para ter uma das melhores economias do mundo. Porém, segundo ele, as más gestões dos governos Lula e Dilma, ambos do PT, atolaram o país em uma crise que parece não ter fim. Todos escutaram sem falar nada até que o tema armamento entrou em discussão.
Ao expor seu posicionamento sobre a liberação do armamento no Brasil, o deputado foi categórico: “armar a população é necessário”. Para o carioca, o armamento defenderá a liberdade do povo que atualmente é vítima da violência que toma conta das ruas das cidades. Nesse momento, o mais aflorado da palestra, houve bate-boca entre aos que apoiam e os que são contrários a Bolsonaro. Um jovem insistia em rebater as falas do deputado e ele o indagou: “você não tem vergonha na cara? Vem aqui na frente e fale durante um minuto”, disse. O rapaz até tentou, mas foi barrado pelos seguranças da universidade.
Na sequência da palestra, Bolsonaro alegou que se candidatará à Presidência para sair “zona de conforto”. “Mais difícil que vencer a eleição é governar o país. Por isso conto com o apoio de vocês durante e principalmente após a campanha”, afirmou.
Como era esperado, o deputado foi questionado sobre os Direitos Humanos e sobre o que fará caso vença a corrida ao Palácio do Planalto. “Ninguém é a favor de torturar as pessoas, mas sabemos que está na boca do povo que esses direitos são para defender aqueles que estão à margem da lei. Essa política que não podemos admitir. O cidadão honesto deve ser tratado diferente”, opinou.
Bolsonaro ainda afirmou que se depender dele a maioridade penal será reduzida para 14 anos e diversos tratados internacionais de Direitos Humanos serão cancelados. O ensino da ideologia de gênero nas escolas foi criticado e considerado por ele como um “crime” contra as crianças. “No meu governo não haverá dinheiro para exposição que apoia pedofilia e nem concurso para esse povo de humanas”, bradou.
Ao fim da palestra, Bolsonaro ainda afirmou que o país precisa de alguém que seja “patriota e que tenha Deus no coração”. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, finalizou.
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