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O Sonho Contínua! Alemanha Ganha Da França E Está Nas Semi-Final



Copa Do Mundo 2014 - A Copa já tem semifinalista. A Alemanha venceu a França por 1 a 0, sob calor de verão no Maracanã, garantiu lugar entre os quatro melhores no Brasil. Aliás, chegar a essa fase é quase rotina. Será a quarta semifinal seguida dos alemães. O adversário sairá do vencedor de Brasil e Colômbia.
O jogo prometia mais. Calor, mesmo, no primeiro tempo, só o do Rio. E que calor. Alemães e franceses mostravam as buchechas rosadas nas tribunas de imprensa. Suavam, mais ainda aqueles que, estranhamente, estavam com blusa de lã. Talvez só o australiano que escrevia em árabe ao meu lado tenha passado incólume pelos 30°C com sensação elevada pelo Maracanã coberto e lotado. 
A alta temperatura e o jogo no horário do almoço refletiram no gramado. Esperava-se um primeiro tempo mais eletrizante. Afinal, tratava-se de um clássico europeu por vaga na semifinal. A Alemanha começou em cima. Passou os primeiros minutos instalada no ataque. Os franceses, encolhidos, chutavam a bola para onde o nariz proeminente deles estava virado.
Parecia clara a estratégia de Didier Deschamps de esperar a hora certa para o contra-ataque. Por isso, apostara em Griezmann, baixinho do Real Sociedad, chamado para o lugar de Ribery, e Valbuena abertos. Assim foi aos sete. Valbuena cruzou, Benzema dominou na área e chutou para fora. Dois minutos depois, a cena se repetiria. Hummels interveio e salvou.
Hummels foi o cara do primeiro tempo. Porque aos 12 minutos, ele subiu à área, ganhou na força de Varane e cabeceou, sem tirar os pés do gramado, para fazer 1 a 0. Em um jogo de desgaste físico imenso, gol de bola parada é ouro.
A França passou a sair mais. Pogba, um craque, levou o time à frente. Ele travou duelo com Kroos no meio-campo. Um tinha a missão de marcar o outro e sair. Pogba tentou golpe psicológico ao tirar o alemão para dançar no meio-campo. Foram três dribles constrangedores. Como o jogo estava mascado no meio-campo, os 74.240 presentes no Maracanã trataram de arrumar o que fazer. Os alemães gritavam “dóitxlaaaaaand”, os brasileiros irromperam em “Brasil, Brasil”. Os franceses, bom, foram polidos como são os franceses e ficaram só assistindo. 
A cantoria só cessou pouco depois do tempo para hidratação dos jogadores. Valbuena, aos 33 minutos, cruzou, e Neuer salvou. No rebote, Hummels, sempre ele, desviou arremate de Benzema da pequena área. Houve ainda outra grande jogada de Pogba e dois lances de Benzema na área.
Todos foram para o intervalo. Os estrangeiros não entenderam muito, mas se balançaram quando o sistema de som tocou “Lepo-Lepo” e até ensaiaram passos quanto “Happy”. Deschamps e Joachim Löw nada mudaram em seus times.
O jogo também seguiu no mesmo ritmo. Esperava-se a França com mais apetite. Mas manteve o trote. Parecia blasé demais para um jogo que valia semifinal. Sua torcida até se ensaiou. Cantou a Marselhesa e entou o “alle, le bleus”. Em vez de acionar Pogba, jogava com Matuidi. Ele até ameaçou aos 14, com cruzamento, Löw trocou Klose por Schürrle, o herói do Beira-Rio. Müller voltou a ser centroavante e, no primeiro lance, chutou cruzado e quase fez.
Com o time desgastado, Deschamps tratou de mudar. Remy, meia, entrou no lugar do volante Cabaye. Benzema, entre zagueiros, até que tentou. Aos 30, dominou na área, mas foi bloqueado. No lance seguinte, Neuer salvou chute de Matuidi. Os franceses se animaram. 
O jogo ficou quente. Aos 35, Valbuena cobrou falta, e a zaga quase fez contra. No contra-ataque, Neuer lançou özil, que cruzou. Müller furou e Schürrle, livre, chutou para defesa de Lloris. Deschamps partiu para o tudo ou nada e colocou o centroavante Giroud, aos 40. Nada mudou. A Alemanha, com tarimba, controlou o jogo, mas levu um susto antes de garantir a vaga em mais uma semifinal. Benzema recebeu livre na área e chutou forte para defesa salvadora de Neuer. A bola não entrou, e a Alemanha pode vibrar com a classificação.


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